Notícia na íntegra

Sexta-feira, 21 de Outubro de 2022 | Horário: 16:30

Prêmio D. Paulo Evaristo Arns destaca iniciativas de fortalecimento da pauta de Direitos Humanos na cidade

Indicações de pessoas e organizações que desenvolvem atividades pela defesa de direitos da população podem ser feitas até 24 de novembro

A homenagem que leva o nome de uma das personalidades que mais atuaram pelos Direitos Humanos em das épocas mais tensas de nossa história, a ditadura militar (1964-1985), está de volta. Estão abertas as inscrições do 9º Prêmio Dom Paulo Evaristo Arns, edição 2022, para indicações de pessoas e organizações que mais se destacaram na cidade de São Paulo. 

Já receberam o prêmio personalidades como Frei Beto, a ex-prefeita Luiza Erundina, Margarida Genevois, a senadora Mara Gabrilli e o Padre Júlio Lancelotti, entre outros (veja a relação de todos os premiados ao final do texto).

A novidade de edição de 2022 é a categoria que vai destacar a atuação de organizações na promoção dos Direitos Humanos, o que antes era atribuído apenas a pessoas físicas.

“Reconhecer as iniciativas dessas pessoas e organizações significa dar importância ao trabalho que elas desenvolvem. No cenário em que vivemos é importante fortalecer a pauta dos Direitos Humanos na cidade”, ressalta Renata Mie Garabedian, responsável pelo Departamento de Educação em Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC).

Para receber o prêmio é necessário que as pessoas e instituições indicadas tenham comprovada atuação na área de promoção e fortalecimento dos Direitos Humanos. Também podem ser homenageados aqueles que não estejam mais entre nós (in memorian), mas que igualmente tenham contribuído nesse campo. 

As indicações podem ser feitas até 24 de novembro pelo formulário disponível nesse link. Não há limite para indicações, mas é preciso indicar um homenageado para as duas categorias.

Os premiados recebem um certificado e uma estatueta concebida pela pintora, gravadora e escultora japonesa naturalizada brasileira, Tomie Otake, que faleceu em São Paulo em fevereiro de 2015.

A cerimônia de premiação será realizada durante o Festival de Direitos Humanos, entre os dias 05 e 10 de dezembro, promovido pelo Departamento de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da SMDHC.

O edital publicado no Diário Oficial do Município de São Paulo sobre o Prêmio Dom Paulo Evaristo Arns pode ser consultado no link.

Quem foi D. Paulo Evaristo Arns

O arcebispo de São Paulo Dom Paulo Evaristo Arns nasceu em Forquilhinha, na cidade de Criciúma (SC), em 14 de setembro de 1921. Ordenado padre franciscano em 1945, foi eleito bispo, em 1966, e arcebispo de São Paulo, em 1970. 

D. Paulo se destacou por lutar pelos Direitos Humanos, pela criação das Comunidades Eclesiais de Base na cidade de São Paulo e por se posicionar contra a tortura. Foi um dos organizadores do Projeto Tortura Nunca Mais, de registro de presos políticos mortos ou desaparecidos pelo regime militar. 

Em 1975, desafiou a ditadura ao ordenar o célebre culto ecumênico na Catedral da Sé, em decorrência da morte do jornalista Vladimir Herzog, assassinado nos porões do Departamento de Polícia Política, episódio considerado um marco em direção ao restabelecimento das liberdades democráticas no Brasil.

Relação dos vencedores em edições anteriores

2014: Frei Betto

2015: Luiza Erundina
2016: Padre Jaime Crowe
2017: Mara Gabrilli
2018: Paulo Pedrini
2019: Margarida Bulhões Pedreira Genevois
2020: Padre Júlio Lancellotti
2021: Mãe Kelly D'Angelis

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