Notícia na íntegra

Sábado, 5 de Junho de 2021 | Horário: 18:58

Praça Victor Civita recebe Centro de Inovação Verde Bruno Covas - Hub Green Sampa

Equipamento inaugurado neste sábado (5) é o primeiro centro voltado para startups de tecnologias verdes e de sustentabilidade
1362873-Inauguração do Centro de Inovação Verde Bruno Covas / Hub Green Sampa e do Teia Green Sampa

Neste Dia Mundial do Meio Ambiente (05/06) a Prefeitura de São Paulo inaugurou o Centro de Inovação Verde Bruno Covas - Hub Green Sampa, instalado na Praça Victor Civita, em Pinheiros, na Zona Oeste. Este é o primeiro espaço entregue para a cidade, criado com o objetivo incentivar o desenvolvimento de startups que atuam no setor de tecnologias sustentáveis, por meio de residência, mentorias e acelerações.

“Precisamos incentivar estas ações e motivar, principalmente os jovens, para que eles consigam desenvolver novas formas de tecnologia, fazer frente e sempre melhorar a questão do meio ambiente”, disse o prefeito Ricardo Nunes, lembrando também as metas do PlanClima SP [www.capital.sp.gov.br/noticia/planclima-sp-orienta-iniciativas-na-capital-com-43-acoes-prioritarias], lançado na última quinta-feira (03/06). “Temos que cuidar para que nós, e as futuras gerações, possamos ter o direito de respirar, o direito de ter água potável. Nós precisamos proteger estes bens fazendo a nossa parte”, finalizou.

O Hub Green Sampa é uma iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (SMDET), operado pela agência Ade Sampa. O histórico prédio do Incinerador, onde já foi realizada queima de lixo, foi transformado. Após abrigar a sede do Museu da Sustentabilidade, o local passa a ser um local de promoção à sustentabilidade com este grande centro de inovação para o desenvolvimento de negócios ambientais e tecnologias verdes. O hub começa a funcionar a partir da próxima segunda-feira (07/06), das 10h às 14h, mediante agendamento durante o período de pandemia pelo site www.bit.ly/greensampaagendamento.

“Este espaço era um dos sonhos do prefeito Bruno Covas, que tinha como prioridade a sustentabilidade ambiental da cidade e enxergava a economia verde como um os vetores da economia do futuro”, declara a secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Aline Cardoso. “A partir de agora as startups verdes da cidade contam com um espaço para alavancar seus projetos, contribuindo com uma cidade mais verde, limpa, renovável e sustentável”, complementa.

A secretária também homenageou Covas lendo um discurso feito por ele no início deste ano, quando disse ser “uma honra para a nossa gestão, que investiu e continuará apoiando programas de desenvolvimento sustentável e gerar oportunidades de trabalho e renda. São Paulo se torna a primeira cidade do mundo a integrar a rede internacional de economia circular”. Karen Ichiba de Oliveira, ex-mulher de Covas, participou da inauguração e foi homenageada.

A implantação do Hub Green Sampa contou com o apoio da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA-SP), com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento sustentável em todo o Estado de São Paulo. “Este espaço traz tudo o que precisamos para o meio ambiente. Tecnologia, inteligência, dedicação, inovação, muita vontade e apego com este tema, para que possamos mudar, de uma vez por todas, a página da preservação, cuidando da água, do ar e do solo. O meio ambiente é onde vivemos e onde está a qualidade de vida que precisamos”, disse o secretário da pasta, Marcos Penido.

Para ampliar a integração com o espaço e melhorar a qualidade de vida para os moradores e frequentadores da região, atualmente, a Praça Victor Civita também está sendo revitalizada pelo Instituto Idemas, por meio de uma parceria com a Farah Service, referência em recuperação de áreas verdes, públicas e melhorias urbanas em geral.

Estrutura

O hub, que conta com três pavimentos, recebeu investimento de R$ 1,7 milhão para uma grande reforma de adequação do prédio, que durou 17 meses, além da compra de equipamentos.

O espaço térreo conta com 25 posições de trabalho, uma área de eventos para 50 pessoas, além de comedoria e espaço de interação. O primeiro andar oferece 50 estações de trabalho, sala de reuniões para 16 pessoas, uma varanda para realização de eventos com vista para a Praça, um estúdio para produção de materiais de áudio e três phone booths - áreas reservadas dentro do escritório, com o objetivo de criar um ambiente privativo e garantir o sigilo de conversas e informações.

No segundo andar os empreendedores terão 40 posições de trabalho, três phone booths, uma sala de reuniões com capacidade para oito pessoas e a segunda varanda para a realização de eventos.

Teia coworking

O complexo conta também com um Teia, coworking (espaço de gratuito da Prefeitura de São Paulo), que apoiará empreendedores com posições fixas e livres de trabalho, computadores com internet, wi-fi, networking com empresas de grande porte e participação em eventos, além de conteúdos de apoio ao empreendedorismo. O local também inicia o funcionamento em 7 de junho, mediante agendamento pelo site www.bit.ly/greensampaagendamento.

Ali, serão promovidas também ações para a incubação e a aceleração de 20 negócios sustentáveis e tecnologias verdes levando em conta especialmente a inovação e modelos colaborativos.

“Criamos o Hub Green Sampa para que ele seja o centro de desenvolvimento de uma nova economia, mais sustentável e geradora de emprego e renda”, declarou o presidente da Ade Sampa, Frederico Celentano. “Nosso propósito é apoiar o ecossistema de tecnologias verdes, criando sinergia entre os diferentes atores, gerando a conexão entre grandes empresas e startups verdes, aproximando-os de centros de pesquisas, universidades, aceleradoras e fundos de investimento, convergindo para a criação de uma cidade e um país mais sustentável”, complementou.

Apoio para a sustentabilidade

O Hub Green Sampa está com o seu plano de atividades em fase de desenvolvimento onde serão executadas, com o apoio de parceiros, desafios de inovação aberta envolvendo tanto grandes empresas quanto o poder público na área de governança ambiental, webinars e workshops com foco em atração de investimentos de impacto, dentre outros. Também serão realizados encontros de mercado para debater temas que envolvem a sustentabilidade, cenários futuros e novas tecnologias, além de promover o networking entre o ecossistema de inovação verde de São Paulo.

Residentes fixas

Para ser uma das 20 residentes fixas, que utilizarão toda a infraestrutura do local de forma gratuita por um ano, as startups que produzem tecnologias verdes aplicáveis às demandas das grandes empresas e concessionárias que fornecem serviços para São Paulo puderam se inscrever até esta sexta-feira (04/06).

Ao todo, 50 startups se inscreveram para participar do programa de residências. Destes, 32% fazem parte do eixo de resíduos sólidos, 22% de Indústria Limpa e Reversa, 14% de Ecoagricultura e Segurança Alimentar, 10% de Parques e Áreas Verdes, 8% de Mobilidade Urbana e Transporte, 6% de Qualidade de Água e Saneamento, 4% de Eficiência Energética e Energia Limpa e 2% de Eficiência e Clean Web e Qualidade do Ar.

Em relação a raça e cor, 64% se declararam brancos, 16 % pardos, 10% amarelos, 3 6% negros e 2% indígenas. Já no quesito gênero, 52% são homens e 48% mulheres. A faixa etária entre os inscritos varia, 84% têm 30 anos ou mais, 14% entre 24 a 29 e 2% tem entre 18 e 23 anos. Quando se fala de grau de escolaridade, 48% tem pós graduação completa, 28% com superior completo, 12% tem superior incompleto, 6% conta com pós graduação incompleta, 4% ensino médio completo e 2% com ensino médio incompleto. Com relação a renda per capita dos inscritos, 28% tem renda de 2 a 4 salários mínimos (28%), 20% de 4 a 6 salários mínimos, 16% de até 1 salário, 14% acima de 6 salários mínimos, 12% de 1 até 2 salários mínimos e 10% não declararam.

Uma banca de especialistas selecionará os projetos dentro de nove eixos: água e saneamento; ecoagricultura e segurança alimentar; eficiência e clean web; eficiência energética, energias limpas e armazenamento energético; indústria limpa e logística reversa; mobilidade urbana e transportes; parques e áreas verdes; qualidade do ar e resíduos sólidos. A banca é composta por representantes do poder público municipal e estadual, além dos parceiros do setor privado, e o resultado final dos vencedores será divulgado em 24 de junho.

As 20 startups serão selecionadas considerando a maturidade de cada negócio. Na Ideação, participam negócios que estão em fase inicial de seus projetos, construindo e levantando hipóteses, identificando o problema e a lacuna de mercado, com foco em empresas já existentes no mercado que querem desenvolver um produto ou serviço novo. A Validação é para iniciativas existentes, cujo produto e modelo estão em experimentação, testados e com MVP - Produto Viável Mínimo, pronto ou em construção. A Tração tem como objetivo acelerar negócios existentes que contam com clientes e geram receita, mas que estão em fase de identificação de áreas para crescer. E a Escala é para negócios estruturados, com espaço no mercado, com desafios de crescimento constante e investimento para expandir e replicar.

Histórico

Entre 1949 e 1989, o local onde está localizada a Praça Victor Civita contou com o funcionamento de um incinerador de lixo que queimava, entre outros resíduos, material hospitalar. Ele foi desativado devido ao desenvolvimento do bairro e após esse período, cooperativas de reciclagem deram um novo uso ao local, o utilizando como depósito de lixo. O contato prolongado do solo com esse tipo de resíduo fez com que a superfície da terra ficasse contaminada.

Em 2008 a Praça foi reinaugurada por meio de uma parceria público-privada. Na época, a ideia era recuperar o terreno de 13.648 m² que estava abandonado e criar um espaço de convivência, além de contribuir para a revitalização da região. O local esteve ativo até 2014, atraindo mais de 200 mil pessoas por ano, mas foi gradualmente desativado.

Anteriormente, funcionava ali uma associação de catadores de lixo e o incinerador Pinheiros, conhecido como Sumidouro. Diante desse histórico, o local apresentava focos de contaminação, o que tornou a revitalização um desafio para os profissionais envolvidos.

Em 2020, a Prefeitura de São Paulo anunciou a instalação do Hub Green Sampa na Praça Victor Civita, com a assinatura de um acordo de cooperação entre a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, o Instituto Idemas e do termo de parceria para a cessão do prédio do incinerador para a Ade Sampa - Agência São Paulo de Desenvolvimento, agência vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, para a gestão do Hub.

A revitalização da Praça Victor Civita, conduzida pelo Instituto Idemas, por meio de parceria com a Farah Service e apoio do Carrefour e da Sabesp, está na fase final do projeto e tem reinauguração prevista para o segundo semestre deste ano.

Green Sampa

O programa Green Sampa foi lançado em 2019 pela SMDET, com o mapeamento de empresas, startups verdes e stakeholders, analisando o ecossistema e aproximando startups das ações do programa. Durante o evento, a Prefeitura de São Paulo assinou um protocolo de intenções com a SIMA.

Anualmente, o programa oferta chamadas para aceleração de empresas de tecnologias verdes, oferecendo qualificação em temas de gestão por meio de oficinas, mentorias coletivas e individuais, rodadas de negócio e demodays. Além disso, o programa oferece também encontros de mercado, eventos de desafios lançados por empresas que desejam patrocinar soluções tecnológicas para seus processos e exposições de tecnologias verdes.

Desde sua criação, o programa já promoveu o mapeamento com mais de 400 stakeholders e diagnósticos de empresas de acordo com os eixos de atuação, implementou uma plataforma de mentorias on-line e criou uma rede de mentores especializados. Em 2020, 100 startups verdes receberam orientações individuais e coletivas na plataforma on-line. Em 2019, 24 startups foram aceleradas e tracionadas.

Durante o mapeamento de negócios ambientais, o programa Green Sampa identificou que este ecossistema é jovem, composto por 17% das empresas criadas em 2018 e 31% em 2019, e mesmo com o início da pandemia, 15% das startups verdes iniciaram suas atividades em 2020. Das 115 iniciativas participantes, 37% das soluções se identificaram com o eixo de resíduos sólidos e 30% com o eixo de indústria limpa e logística reversa.

Neste mapeamento também foi possível observar que 82% dos negócios indicaram possuir entre 1 e 10 funcionários, 10% entre 11 e 20 e apenas 8% entre 21 e 50 pessoas. Em relação à maturidade e estágio de desenvolvimento dos negócios mapeados, 37% dos respondentes se autodeclararam em MVP - Mínimo Produto Viável, 29% em fase de tração e 12% ainda estão na fase de ideação do negócio.

Serviço
Hub Green Sampa
Funcionamento: de segunda a sexta-feira
Horário: 10h às 14h
Agendamento pelo link: www.bit.ly/greensampaagendamento

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