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Terça-feira, 17 de Janeiro de 2023 | Horário: 18:06

Pesquisa da Unifesp mostra redução de novos usuários na cracolândia em São Paulo

Estudo, realizado desde 2016, revela menor influxo da série histórica.

Pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) a pedido da Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas (Senapred), órgão do Ministério da Cidadania responsável pela formulação e implementação das políticas públicas voltadas à redução da demanda de drogas no Brasil, mostra o perfil das cenas de uso aberto (locais em que usuários de drogas se aglomeram) em três capitais brasileiras: São Paulo, Fortaleza e Brasília.

“O estudo da Unifesp mostrou que as ações da Prefeitura levaram a uma redução da Cracolândia e que ela perdeu sua atratividade: é o menor influxo da história”, ressalta Alexis Vargas, secretário executivo de Projetos Estratégicos da Prefeitura de São Paulo. “A chegada de novos frequentadores vem caindo ao longo dos últimos anos e atingiu o menor patamar nessa edição da pesquisa: era 43% em 2016, passou para 39% em maio de 2017, 28% em junho de 2017, 26% em 2019 e atingiu 20% em 2021.”

O Levantamento de Cenas de Uso em Capitais (LECUCA) 2021/2022 também apontou o tempo de permanência nas cenas de uso. Em São Paulo, um total de 18% dos usuários abusivos de álcool e outras drogas estão em situação de rua consumindo drogas entre 5 e 10 anos e 39% há mais de dez anos. “O LECUCA traz relevantes informações e subsídios para o aprimoramento das políticas públicas voltadas à população vulnerável que faz uso de drogas”, avalia o secretário executivo.

A Prefeitura destaca que a procura por tratamento aumentou desde a dispersão dos usuários. O encaminhamento de usuários para atendimento no Serviço Integrado de Acolhida Terapêutica - SIAT II cresceu quase três vezes entre janeiro e dezembro, segundo informações da equipe de abordagem da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que em janeiro encaminhou 27 pessoas e em dezembro encaminhou 72 usuários abusivos de álcool e outras drogas para equipamentos da rede municipal. 

Em relação ao número de abordagens feitas pelas equipes de saúde, houve aumento de 34% entre janeiro e dezembro (respectivamente, de 3.150 para 4.213). As abordagens das equipes de assistência social aumentaram em 22% entre janeiro e dezembro. Em janeiro foram 3.029 e em dezembro, 3.698.  Para outros equipamentos da rede socioassistencial, esse número foi de 789 pessoas encaminhadas em janeiro para 1.622 em dezembro, o que representa um aumento de mais de duas vezes.

Novos equipamentos

A Prefeitura de São Paulo inaugurou em 17 de maio de 2022 um novo equipamento do Serviço Integrado de Acolhida Terapêutica (SIAT) para atendimentos emergenciais, na Rua Helvetia, 876. A unidade presta atendimento no local e agiliza encaminhamentos para outros serviços da rede de saúde e assistência social. 

Também em maio, 10 novas equipes do Consultório na Rua passaram a integrar as equipes de abordagem e atendimento: quatro no SIAT Emergencial e outras seis nas regiões do Glicério, Santa Cecília e Bom Retiro. 

Em julho foram inaugurados dois novos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) na região Central. No dia 05 foi entrou em funcionamento, na Rua Porto Seguro, 281, o CAPS AD III Armênia. No dia 13 de julho foi inaugurado o CAPS AD III Boracea, na Rua Anhanguera, 288, Barra Funda - o 99º CAPS da cidade e o sétimo da região central. 

Cada um dos novos CAPS tem capacidade para realizar 300 atendimentos mensais. Os serviços funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, para atendimento e acolhimento, inclusive com grupos e oficinas terapêuticas. Das 19h às 7h, os equipamentos funcionam para hospitalidade noturna. 

Em setembro de 2022 a Prefeitura entregou o SIAT III Penha, na Rua Coronel Rodovalho, 275, com capacidade para acolher 50 pacientes, que têm acompanhamento e podem permanecer no serviço durante até dois anos, prorrogados ou reduzidos de acordo com o projeto terapêutico singular (PTS) de cada caso.

Em fevereiro de 2023 será inaugurado o Serviço de Cuidados Prolongados em Álcool e Drogas (SCP). Trata-se de um novo equipamento que visa prolongar o tratamento dos usuários que foram internados nos hospitais e não têm ainda condições de retorno familiar ou atendimento ambulatorial. Uma forma de reduzir as recaídas e evitar que os usuários retornem ao uso abusivo nas ruas, o SCP oferecerá tratamento, medicação e oficinas terapêuticas.

POT Redenção

Dentre os diversos projetos do Programa Operação Trabalho (POT), existe o POT Redenção, administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho. Ele é específico para beneficiários em situação de vulnerabilidade e risco social com necessidades decorrentes do uso de crack e outras drogas que se encontram no Sistema Integrado de Acolhida Terapêutica (SIAT) II e III e em tratamento nos equipamentos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Atualmente o POT Redenção conta com 600 beneficiários que recebem bolsa auxílio mensal no valor de R$ 923,95 para 20 horas de trabalho semanal, quatro horas por dia.

Os participantes contam com apoio socioemocional, além de participarem de atividades de capacitação profissional em áreas como higienização e limpeza, construção de mobiliário com reutilização de madeira, serviços e reparos, horta e compostagem, jardinagem, paisagismo e revitalização, horta medicinal, criação de objetos com tetra pack, construção de luminárias, reutilização de materiais diversos, confeitaria, panificação, auxiliar de cozinha e reaproveitamento total de alimentos.

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