Notícia na íntegra

Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2022 | Horário: 16:24

Museu promove mergulho na cultura judaica no Centro de São Paulo

Espaço cultiva as diversas expressões, histórias, memórias, tradições e valores da cultura judaica, em diálogo com o contexto brasileiro, com o tempo presente e com as aspirações de seus diferentes públicos
1204001-Museu Judaico de São Paulo

“Que aqui seja a casa de oração de todos os povos”. Com esta frase em hebraico na sua fachada, o Museu Judaico de São Paulo (MUJ) recebe desde dezembro de 2021 a população de São Paulo e turistas para um mergulho numa das culturas mais importantes para todo o mundo. O espaço cultiva as diversas expressões, histórias, memórias, tradições e valores do povo judaico, em diálogo com o contexto brasileiro, com o tempo presente e com as aspirações de seus diferentes públicos.

“A Cidade de São Paulo é tão representativa e grandiosa, graças a sua população heterogênea, de diferentes cores, raças e crenças. Aqui, o respeito e o acolhimento são palavras de ordem.” afirma o prefeito, Ricardo Nunes. “Ter mais um espaço como o Museu Judaico como opção de cultura, entretenimento e educação é, sem dúvida, um presente à nossa cidade e aos milhares de turistas que nos visitam”, completou.

Museu

Amparado por um programa cultural e participativo que entrelaça a experiência judaica à cultura brasileira e à arte contemporânea, o MUJ nasceu comprometido com a coexistência entre os variados grupos sociais e identidades, com o combate à intolerância e ao preconceito, com a educação e a transmissão intergeracional, valores a um só tempo universais e judaicos.

Para o diretor executivo do Museu, Felipe Arruda, a importância de espaços de educação e cultura são fundamentais para a ampliação da consciência em outras culturas e práticas sociais. “O Museu promove um mergulho nessa cultura milenar e fascinante, que está sempre em transformação, e muitas vezes, ainda pouco conhecida pelo público paulistano”, disse.

Segundo estimativa da Confederação Israelita do Brasil (Conib), a comunidade judaica brasileira reúne 120 mil pessoas, sendo a 2ª maior da América Latina, atrás da Argentina. A cidade de São Paulo concentra o maior número de judeus do Estado, aproximadamente 80% do Brasil.

“É muito importante que a gente tenha na cidade não só o Museu Judaico de São Paulo, mas outros que representem culturas que deem espaço a toda diversidade de expressões”, concluiu o diretor.

Marco arquitetônico

Projetado no estilo bizantino, o MUJ é considerado um marco arquitetônico instalado num edifício tombado pelo patrimônio municipal, que já teve mais de 11 mil visitas desde sua abertura ao público. Faz parte do museu, a antiga sinagoga Templo Beth-El, construída em 1929 pelos imigrantes judeus ashkenazitas vindos do leste europeu, inaugurada em 1932, e que até 1999 foi um local de rezas, cerimônias de casamento e bar-mitzva (inserção do jovem judeu como um membro maduro na comunidade judaica)

O projeto do Museu Judaico teve início em 2000, mesmo ano de fundação da Associação dos Amigos do Museu Judaico de São Paulo. Um novo prédio foi construído no terreno cedido pela Prefeitura, reunindo o maior acervo judaico do país, constituído integralmente por doações. O espaço fica na Rua Martinho Prado, 128, no bairro da Bela Vista, e passou por um processo de restauração, modernização e a construção de um prédio contemporâneo anexo para receber o público.

O local reúne também o patrimônio do antigo Arquivo Histórico Judaico Brasileiro, instituição que por 40 anos colecionou documentos, publicações e raridades sobre a comunidade judaica no Brasil.

Acervo

O MUJ recebe exposições e conteúdos que mostram as diversas fases migratórias da comunidade judaica. São mais de 2 mil itens catalogados, entre eles um talit (xale de rezas) com mais de dois mil anos, além de talheres vindos de um campo de concentração, documentos e objetos de culto religioso.

Além de quatro andares expositivos, os visitantes também têm acesso a uma biblioteca com mais de mil livros para consulta e a um café que serve comidas judaicas.

Educação

O Museu Judaico é uma oportunidade para que as pessoas possam conhecer uma nova cultura em um momento de lazer e educação. A parte educacional conta com uma equipe de 20 educadores que recebem visitantes e professores com foco na rede pública municipal de São Paulo.

“Nós queremos atender cada vez mais os professores para fazer formação, para que eles possam levar esse trabalho para as escolas, além de atender os estudantes. A formação de uma consciência voltada para a tolerância e valorização da diversidade começa de criança”, disse Felipe Arruda.

Programação

A programação expositiva do museu tem por objetivo cultivar e manter vivas as diversas expressões, histórias, memórias, tradições e valores da cultura judaica, tecendo também um diálogo com o contexto brasileiro, com o tempo presente e com as aspirações de seus diferentes públicos, criando assim uma matriz baseada em princípios de diversidade, resistência e atualidade. As exposições atuais são: “A vida judaica”, “Judeus no Brasil: histórias trançadas”, “Inquisição e cristãos novos no Brasil: 300 anos de resistência” e “Da letra à palavra”

Serviço:

Museu Judaico de São Paulo
Endereço: Rua Martinho Prado, 128 – Bela Vista – São Paulo – SP
Funcionamento: terça a domingo, das 10h às 19h (entrada até às 18h)
Ingressos: Podem ser adquiridos com antecedência por meio da plataforma digital Sympla, ou diretamente na bilheteria física. O MUJ utiliza na bilheteria a proposta de contribuição sugerida. Essa é uma forma do visitante participar da vida do Museu, no presente e no futuro. Significa que o visitante tem a possibilidade de apoiar o MUJ com o valor que puder pagar - o sugerido, outro valor maior, menor, ou não contribuir no momento. Os valores sugeridos são:
Inteira: R$ 20 e meia-entrada: R$ 10.

Gratuidade aos sábados

Em respeito ao Shabat, dia sagrado de descanso para os judeus, o sábado será gratuito para todas as pessoas.

Para mais informações, clique aqui 


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