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O único atleta brasileiro que está no Hall da Fama da Federação Internacional de Atletismo, Adhemar Ferreira da Silva, recebeu uma homenagem póstuma nesta quarta-feira (29), feita pela World Athletics, órgão que gere o atletismo em nível mundial, e pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), no Centro Esportivo Tietê, na regão central. Silva completaria 94 anos hoje.

A cerimônia contou com a instalação de uma placa, onde no passado era o Clube de Regatas Tietê. Silva, que foi tricampeão dos Jogos Pan-Americanos e recordista mundial do salto triplo. utilizava o local, para os treinamentos. Adyel Silva, filha do atleta, representou a faamília durante o evento.

“Só tenho a agradecer pela homenagem nesse local, onde tudo começou para meu pai e no dia que seria o aniversário. Além de suas conquistas como atleta, ele foi um homem digno e merece todas essas homenagens”, afirmou.

A homenagem contou com as presenças do presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Wlamir Leandro Motta Campos, e de representantes de entidades ligadas à modalidade. O secretário municipal de Esportes e Lazer, Thiago Milhim; também prestigiou o evento. E destacou que a carreira de Silva não ficou marcada apenas como atleta.

“Adhemar Ferreira da Silva foi um homem extraordinário. Além de tudo o que conquistou no esporte, sendo um orgulho para o Brasil, foi um poliglota. Conhecia mais de sete idiomas; era formado em Direito, Belas Artes, Relações Públicas e Educação Física. Também foi diplomata, atuando como adido cultural na Embaixada Brasileira na Nigéria. É uma homenagem mais que merecida”, enfatizou.

Medalhas

O herói do esporte nacional foi medalha de ouro no salto triplo nas Olimpíadas de Helsinque, em 1952, e em Melbourne, em 1956. Nos Jogos Pan-Americanos, foi medalha de ouro em Buenos Aires, Cidade do México e Chicago, além de ter conquistado outras inúmeras medalhas.

Silva o primeiro atleta do salto triplo a ultrapassar a marca dos 16m. Seu recorde foi de 16,56m. A volta olímpica nos estádios foi uma criação de Adhemar Ferreira da Silva, nos Jogos de Helsinque, como forma de agradecimento ao público. Sua última olimpíada foi em Roma, em 1960. Morreu em São Paulo, no dia 12 de janeiro de 2001, aos 73 anos. Para quem lhe perguntava como havia decidido ser atleta, respondia: “Achei a palavra atleta bonita e decidi que queria ser um”, ele costumava dizer