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Quarta-feira, 8 de Maio de 2019

Saúde: Endometriose aflige cerca de 15% da população feminina

Horário: 00:00
Doença pode comprometer a qualidade de vida, profissional e afetiva da mulher podendo causar até infertilidade

Dia 8 de maio foi instituído como Dia Nacional de Luta Contra a Endometriose. A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo chama a atenção para o combate e tratamento da doença, que atinge entre 10 e 15% da população feminina e compromete substancialmente a qualidade de vida criando barreiras ao desenvolvimento profissional e afetivo.

Trata-se de uma doença crônica, caracterizada pelo crescimento do tecido que reveste a cavidade uterina (endométrio) em outras partes do organismo, como ovários, ligamentos uterinos, bexiga e intestino, podendo chegar a áreas mais distantes como pulmão. O sintoma mais importante é a dor, principalmente menstrual, mas pode também causar dores ao evacuar, urinar, ou durante a relação sexual, entre outras.

 A endometriose também é uma das principais causas de infertilidade feminina. O processo inflamatório pode levar a formação de aderências que resultam na obstrução das tubas uterinas, ovários ou ainda dificultar a implantação do embrião no útero.

 Na rede pública de saúde a porta de entrada para o atendimento é a Unidade Básica de Saúde (UBS). Para encontrar a UBS mais próxima de sua residência, basta acessar o Busca Saúde pelo link: http://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/ . Após o atendimento inicial, se identificada a necessidade a paciente é encaminhada para atendimento especializado em serviços de referência.

Muitas mulheres convivem com os sintomas. “A  cólica menstrual que faz a mulher procurar um pronto socorro não é normal. Hoje, o principal desafio é sensibilizar os profissionais de saúde que realizam o atendimento inicial a pensarem na possibilidade dessa doença”, ressalta o Doutor Geraldo Mauricio de Nadai, gerente assistencial e chefe do serviço de videoendoscopia do Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes A. Silva, conhecida popularmente como Maternidade Cachoeirinha, principal referência da rede pública municipal para atendimento dos casos de endometriose.

A unidade conta, desde 2013, com um ambulatório especialmente dedicado ao atendimento de casos de endometriose. Planejado e estruturado para prestar atendimento em nível elevado neste seguimento. Para isso, investiu em precisão diagnóstica, com treinamento para realização de exame de ultrassonografia específico para endometriose. Formou uma equipe multidisciplinar, com cirurgiões gerais, ginecologistas, anestesista e urologistas com a experiência em videolaparoscopia, além de apoio do serviço social e psicologia. E na capacitação da equipe cirúrgica e aperfeiçoamento dos equipamentos, dando plenas condições à equipe médica de realizar abordagens cirúrgicas resolutivas em todas as formas de endometriose. “Hoje o Cachoeirinha presta o atendimento completo em endometriose, desde a investigação até diagnóstico e tratamento, inclusive com a realização de cirurgia para os casos mais graves”, complementa Nadai.

A preferência é para o tratamento ambulatorial, porém nos casos mais agudos a intervenção cirúrgica é a solução mais eficiente. O núcleo de endometriose do Cachoeirinha recebe cerca de dez casos novos de endometriose por mês, já diagnosticados em outros serviços e quase sempre em estágio avançando. De julho de 2016 até o momento já foram realizadas mais de 200 abordagens cirúrgicas em pacientes com endometriose profunda, apenas nesta unidade.

“Lamentavelmente, as pacientes quando chegam ao serviço já estão com a doença avançada e muitas vezes com o aparelho reprodutor comprometido de forma definitiva. Certamente, existem formas de se diagnosticar mais precocemente a endometriose e pelo menos evitar a sua progressão. Por isso, fica o alerta para as mulheres procurarem atendimento médico em caso de dores agudas relacionadas a menstruação”, finaliza Nadai.

 O atendimento no ambulatório de endometriose da Maternidade Cachoeirinha é referenciado, ou seja, as pacientes são encaminhadas via central de regulação municipal, via UBS. A referência de atendimento pode variar de acordo com a região de cada paciente e complexidade do caso.

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