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Sexta-feira, 17 de Julho de 2020

Réveillon na Paulista será cancelado devido à pandemia

Horário: 00:00
Anúncio foi feito nesta sexta-feira (17) pelo prefeito Bruno Covas, durante coletiva sobre a covid-19 realizada no Palácio dos Bandeirantes

A tradicional festa de réveillon, que reúne todos os anos cerca de 1 milhão de pessoas na avenida Paulista, foi cancelada nesta virada de ano, de 2020 para 2021. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (17) pelo prefeito Bruno Covas durante coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul. A medida tem o objetivo de evitar a aglomeração de pessoas e a propagação da covid-19 (doença provocada pelo coronavírus). O município ainda estuda novas formas para a realização de outros grandes eventos que acontecem na capital.

"A área da saúde foi preponderante para que a gente tomasse esta decisão. Não há nenhuma possibilidade de se pensar, neste momento, em uma festa que reúna um milhão de pessoas", disse o prefeito Bruno Covas. "Não tem como a gente solicitar que as pessoas evitem aglomeração e a Prefeitura colocar recursos em um evento que junta um milhão de pessoas", destacou.

A realização da virada de ano na Avenida Paulista requer uma organização de, pelo menos, três meses, além de envolver patrocínios, agendas de artistas e pacotes promocionais de hotéis e turismo. Por isso que, neste momento, onde aconteceria a organização de todo o evento, não há como prever com exatidão o comportamento do vírus na cidade. 

“Tanto a Prefeitura como o Governo do Estado de São Paulo, e os técnicos da Vigilância Sanitária, entendem muito temerário nos organizarmos um evento para um milhão de pessoas na avenida Paulista para dezembro deste ano. Como é um evento que requer uma organização de pelo menos três meses, nós queremos aqui, com a maior previsibilidade possível, já deixar anunciado que a Prefeitura também não vai organizar o Réveillon da Paulista", disse o prefeito.

Virada on-line

A Prefeitura de São Paulo ainda estuda novas formas para a realização de eventos tradicionais para a cidade, como a Virada Cultural que, neste ano, acontecerá de forma online. A capital segue conversando com os organizadores da Parada LGBT+ e da Marcha para Jesus, que deveriam ter acontecido em junho, mas foram adiados para novembro.

“É uma festa tradicional para o Estado de São Paulo, em especial para a capital, onde Bruno Covas, como prefeito, tem com o governador e o centro de contingência a mesma posição”, disse o governador João Doria.

A decisão de evitar as aglomerações vai ao encontro das recomendações na área da saúde. “Eu queria cumprimentar a Prefeitura. Não é espanto para nós no sentido dos anúncios de suspensão dos grandes momentos de massa. Não é o momento de pensarmos nisso e o Centro de Contingência fica muito mais tranquilo de saber que estamos trabalhando juntos neste sentido, e vamos evitar muitas mortes desta forma”, disse o coordenador do Centro de Contingência do Covid-19/SP, Paulo Menezes.

Carnaval

Questionado sobre a realização do Carnaval de Rua e no Sambódromo do Anhembi, o prefeito afirmou que também dialoga com os envolvidos e até mesmo com outras cidades, para que seja definida uma decisão conjunta.

"Nós continuamos a dialogar com as escolas de samba, que também são as organizadoras do evento, e com outras cidades no Brasil para tentar tomar uma decisão conjunta em relação à possibilidade de adiamento e qual seria a nova data para a realização do carnaval", explicou Covas. "Na nossa cidade nós temos também o carnaval de rua, mas o carnaval de rua requer uma organização com um prazo menor do que o carnaval no Sambódromo. Algo em torno de dois ou três meses a gente consegue organizar um carnaval de rua, mas, para a realização do carnaval no Sambódromo, são necessários pelo menos seis meses entre a preparação dos carros alegóricos e os ensaios das escolas. Não é apenas aglomeração no dia do desfile. É também duas a três mil pessoas em uma quadra de samba para poder ensaiar para o carnaval", explicou o prefeito.

Covas lembrou que a Prefeitura aporta recursos para a realização dos espetáculos no Anhembi. "Não tem muito sentido a gente começar a aportar recursos para as escolas se prepararem e, de repente, a gente decidir que não vai ter o carnaval em fevereiro. Por isso, queremos antecipar ao máximo possível essa decisão", ressaltou o prefeito.

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