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Rede municipal constrói Indicadores da Qualidade na Educação Infantil Paulistana

De Secretaria Especial de Comunicação

Os educadores da rede municipal de educação infantil contam com uma nova ferramenta para avaliar o trabalho realizado com crianças de 0 a 4 anos.  Construídos em diálogo com toda a comunidade escolar, os Indicadores da Qualidade na Educação Infantil Paulistana reúnem 39 critérios para examinar atividades como a gestão escolar, as experiências e interações que as crianças têm nas unidades, as condições de trabalho dos educadores ou a participação da comunidade. A primeira versão do documento foi apresentada nesta terça-feira (28) para as Diretorias Regionais de Educação da Freguesia do Ó e do Jaçanã/Tremembé.



Para o secretário municipal Gabriel Chalita (Educação), a principal característica do novo instrumento de avaliação é o incentivo ao diálogo entre gestores, educadores, famílias e crianças. “O que é uma educação infantil de qualidade? A melhor forma de discutir qualidade é ouvir quem está na escola, o professor, os pais, os funcionários e discutir coletivamente. A gente aprende o tempo todo e a gente se surpreende nesse processo”, afirmou Chalita. A educação infantil municipal atende a mais de 440 mil crianças, em 451 Centros de Educação Infantil (0 a 3 anos) e em 536 Escolas Municipais de Educação Infantil (4 e 5 anos) na Capital.



Os indicadores foram agrupados em nove dimensões: planejamento e gestão educacional, multiplicidade de experiências e linguagens em contextos lúdicos para as infâncias, interações, promoção de saúde e bem-estar, ambientes educativos, condições de trabalho dos educadores, rede de proteção sociocultural, relações étnico-raciais e de gênero e participação, escuta e autoria de bebês e crianças. “Os indicadores paulistanos têm nove dimensões, enquanto o nacional tem sete. O destaque é a inclusão das questões étnico-raciais e de gênero, porque é na educação infantil que temos que começar a trabalhar estas questões”, explicou Roselei Julio Duarte, diretor da DRE Jaçanã/ Tremembé.



Cada indicador é desmembrado em algumas perguntas, para auxiliar a avaliar as situações que acontecem no dia-a-dia da unidade. A aplicação da avaliação é realizada por grupos de trabalho compostos por educadores, familiares e crianças na forma de plenárias temáticas. As reuniões, além de examinar os indicadores, têm como objetivo estabelecer planos de ação para solucionar problemas que sejam identificados, inclusive apontando demandas para a diretoria regional, para a secretaria e outros órgãos públicos, como os conselhos tutelares.



“O que nos faz fortes é a diversidade da rede. Os indicadores não têm caráter prescritivo, no sentido de ditar regras. Queremos suscitar a reflexão e mobilização em torno da qualidade da educação infantil”, explicou Sonia Larrubia, da Diretoria de Orientação Técnica - Educação Infantil. Segundo a secretaria, entre 4 e 16 de maio todas as unidades das redes diretas e conveniadas deverão realizar, por meio dos indicadores, avaliação institucional participativa. Planos de ação serão elaborados pelas unidades e pelas famílias na primeira semana de junho.


 


Participação


O processo de construção dos indicadores começou em agosto de 2013, quando a secretaria convidou as unidades de educação infantil a participarem de uma experiência de autoavaliação participativa, utilizando o documento “Indicadores da Qualidade na Educação Infantil”, criado e publicado em 2009 pelo Ministério da Educação(MEC).



A partir da experiência de 441 unidades, educadores e pesquisadores dialogaram em debates e seminários regionais realizados pelas 13 Diretorias Regionais de Educação. As contribuições geradas pela discussão foram reunidas para a montagem dos indicadores paulistanos. Em abril, o documento é apresentado em eventos em todas as diretorias de ensino, para cerca de 4 mil educadores. A programação está disponível na página da Secretaria Municipal de Educação.



Após a aplicação dos indicadores por todas as unidades, haverá uma nova rodada de discussões, para incorporação na ferramenta de sugestões levantadas neste processo.



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Crédito: Fábio Arantes / SECOM


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