Notícia na íntegra

Segunda-feira, 17 de Maio de 2021 | Horário: 10:35

Novos drones adquiridos pela Secretaria de Segurança Urbana auxiliam na produção do Mapa de Risco Geológico da cidade

Com a chegada de 18 unidades, Programa Dronepol passou a contar com 33 aeronaves. Parte desse número foi utilizado pela Defesa Civil para levantar áreas de risco nas 32 prefeituras de São Paulo

A Defesa Civil executou neste ano, pela primeira vez, todo o Mapa de Risco Geológico das 32 subprefeituras da cidade internamente, desonerando a contratação de serviços. A atividade – coordenada pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana - foi possível graças à aquisição de 18 novos drones, que fazem parte do Programa Dronepol que conta, agora, com 33 aparelhos.

O Mapa de Risco Geológico de todas as 32 subprefeituras faz parte das metas dos 100 primeiros dias do governo Bruno Covas. Foi realizado pela Divisão de Prevenção da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMDEC), e das Divisões de Defesa Civil. Nesse levantamento foram contabilizadas 489 áreas de risco, que receberam o Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil. 

Aeronaves

Os equipamentos foram obtidos por meio de um processo licitatório, iniciado em 2020. Para a compra deles foi investido um total de R$ 998.740,00 de recursos próprios da Secretaria Municipal de Segurança Urbana.

“Os drones são mais um recurso para potencializar o trabalho operacional dos agentes de Defesa Civil e da GCM (Guarda Civil Metropolitana), especialmente nas regiões de proteção ambiental, mananciais e no monitoramento de áreas extensas e adensadas, como o mapeamento de risco geológico e os eventos públicos da cidade. Eles são, hoje, ferramentas fundamentais para a entrega de resultados mais positivos em segurança urbana”, destaca Elza Paulina de Souza, secretária municipal de Segurança Urbana.  

 Além da Defesa Civil, as aeronaves são utilizadas pelo Comando Centro da CGM, GCMs Ambientais Norte, Sul e Leste e Operações Especiais da GCM, por meio do programa de descentralização das operações com drones na GCM e Defesa Civil.

Os 30 equipamentos são de asa rotativa (dependem da sustentação gerada pelos rotores para se manter no ar) e pesam cerca de 25 Kg. Produzem fotos, vídeos e material para subsidiar trabalhos nas áreas de segurança, engenharia, topografia e agrimensura.

Os drones também contam com sensores especiais termográficos para diversos trabalhos nas áreas de segurança, operações noturnas, meio ambiente e geodinâmica.

Atividades

Fatos como deslizamentos, enchentes e queda de árvores, assim como solapamentos e alagamentos, devem ser prevenidos ou ter seus efeitos reduzidos. Esta é a função da Secretaria Municipal de Segurança Urbana, por meio da Coordenação Municipal de Defesa Civil, que atua de forma integrada com diversos órgãos, e principalmente com o Corpo de Bombeiros, para garantir a segurança dos locais atingidos e do munícipe em situação de risco.

Para solicitar atendimento, basta telefonar para o número 199. As equipes estão instaladas em todas as 32 subprefeituras da capital.

 Para elaborar planos preventivos de acordo com a necessidade de cada área da cidade, a Defesa Civil realiza o mapeamento de risco geológico e, a partir do estudo das áreas, elabora planos de contingência e de ação emergencial das regiões.

Crédito: Acervo/DPREV-COMDEC 

Como é feito o trabalho

Durante o mapeamento, realizado por geólogos, são apontadas quais são as áreas propensas à inundação, deslizamentos e riscos tecnológicos (com tendência a incêndio como explosão de dutos, de fábricas, de tubulações de gás). A partir daí, os locais são classificados em níveis que variam de 1 a 4 (1 significa risco leve e 4, muito grave).

 Na sequência, são feitas sugestões de prevenção ou de procedimentos que devem ser adotados em situações de emergência e ocorrências relacionadas a eventos naturais e/ou induzidos pela ação humana às secretarias municipais e às subprefeituras

 “Para minimizar riscos e desastres nas áreas de maior vulnerabilidade também preparamos a comunidade local, formando os Núcleos Comunitários de Defesa Civil (NUDECs) e buscamos uma liderança em cada um deles”, explica Rubens Trapiá, coordenador da Defesa Civil.

 De acordo com Trapiá, em território onde há 60 áreas de risco é preciso criar 60 núcleos.

 “As pessoas integram esses grupos e nos ajudam a construir o plano de contingência, pois vivem na comunidade”, afirma.

 Os núcleos são formados voluntariamente e não há vínculo empregatício. Estão ligados à Divisão de Defesa Civil local.

 

Crédito: Dronepol/SMSU

Participação efetiva

Segundo a geocientista e diretora de divisão da Defesa Civil, Natália Leite de Moraes, o objetivo dos NUDECs também é orientar e apoiar a população em situação de emergência.

 “Os núcleos são extremamente importantes. Permitem que as pessoas tenham consciência dos riscos aos quais estão expostas, façam monitoramento, pensem em medidas para mitigar essas ocorrências. Se houver algum problema, estarão organizadas e a resposta será mais eficaz. Não haverá atuação apenas do poder público. É uma participação mais efetiva”, garante.

 

Parceria

 A região de Sapopemba, na Zona Leste, é um bom exemplo de como é feito o trabalho da Defesa Civil em parceria com os núcleos comunitários.

 De acordo com Sérgio Ramos, que dirige a unidade da Defesa Civil local, existe um córrego no bairro Parque Santa Madalena, que merece bastante atenção quando chove.

“É uma área muito íngreme. Então, para prevenir deslizamentos e sua consequência, trabalhamos em conjunto com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas), que nos informa o deslocamento de massa de nuvens”.

 Segundo o diretor, as informações recebidas do CGE são transmitidas por meio de grupos formados no Whatsapp para os NUDECs. E os líderes são orientados sobre a possibilidade do que está por vir: chuva ou chuva com rajadas de vento, entre outras possibilidades.  No caso das precipitações o líder comunica à Defesa Civil, que avalia a necessidade de uma vistoria no local.

 “Acima de 50ml de água de chuva me dirijo para a área determinada e faço o monitoramento: se houve rachadura de solo, abertura de escadas, checo com o geólogo se a alteração é momentânea ou permanente. E dependendo da resposta, aciono departamentos que forem necessários como de obras, assistência social e outros mais”.

 A dona de casa Adelaide Jesus dos Santos, de 49 anos, é líder de um NUDEC em Sapopemba, e mantém contato direto com Ramos, informando todo tipo de ocorrência no Parque Santa Madalena.

 “Quando começa a chover fico atenta. E toma as atitudes que forem necessárias, dependendo das orientações que recebi  da Defesa Civil. Posso visitar moradores para checar se está entrando água na casa deles pelas rachaduras, por exemplo. Se isso estiver acontecendo, aviso o Sérgio imediatamente e ele convoca a equipe. Acho essa parceria muito importante, do poder público com a comunidade, prevenindo e evitando situações desagradáveis”, enfatiza Adelaide.

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