Notícia na íntegra

Terça-feira, 1 de Dezembro de 2020

Hospital Bela Vista Santa Dulce dos Pobres é referência no atendimento da população de rua

Hospital Municipal instalado na região central da capital possui uma ala dedicada às pessoas em situação de extrema vulnerabilidade

Sob a bênção de Santa Dulce dos Pobres, considerada a primeira santa brasileira e canonizada pelo papa Francisco em outubro de 2019, o Hospital Municipal Bela Vista é referência na capital para o atendimento da população que vive em situação de rua na cidade de São Paulo.

Cinco meses depois de ser inaugurado para atender pacientes com quadros de média e alta complexidade de covid-19, a unidade, localizada no bairro da Consolação, destinou, a partir de setembro, uma ala com 20 vagas para pessoas em situação de rua. Os leitos estão divididos em 10 quartos, todos com banheiro privativo. Os pacientes são encaminhados por outros equipamentos, como unidades de pronto-atendimento.

O hospital conta com 118 leitos, sendo 50 de Terapia Intensiva (UTI), 48 de enfermaria para covid-19, além dos 20 para clínica médica dedicada a pacientes em situações de rua, com foco principal em complicações respiratórias e de saúde mental. O hospital também possui uma ampla área para realização de exames clínicos, colhidos e processados na própria unidade, um ganho em qualidade e agilidade.

A estrutura do HM Bela Vista Santa Dulce dos Pobres inclui um setor de imagem com tomografia, raio-x e ultrassom. Por mês, a capacidade da unidade é de 1.800 tomografias e 30 mil exames laboratoriais realizados. Após a pandemia da covid-19, o hospital também continuará atendendo adultos moradores da região central da cidade de São Paulo. 

Ao dar a bênção que marcou o início do atendimento à população de rua no hospital e a mudança de nome para Santa Dulce dos Pobres, o cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, lembrou que dedicar um hospital público aos mais pobres significa uma grande bênção aos necessitados e à cidade.

“A saúde pública deve olhar com mais atenção para os que mais precisam. Santa Dulce ficou conhecida por sua dedicação aos pobres e doentes e vai olhar com atenção e solicitude a todos que aqui trabalham e são atendidos”, disse dom Odilo.

Atenção para todos

Por meio do programa Consultório na Rua, coordenado pela Secretaria Municipal da Saúde em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, a Prefeitura oferece atenção à saúde da população de rua e amplia o acesso dessas pessoas aos serviços de saúde.

São 26 equipes compostas por enfermeiros, assistente social, psicólogo, médico, atendente administrativo, agentes sociais e de saúde atuantes nas seis Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) do município em três turnos, manhã, tarde e noite.

As equipes realizam um trabalho de atenção, assistência e atendimento de saúde à população em situação de extrema vulnerabilidade. Os profissionais criam redes e vínculos, a fim de garantir o cuidado integral, promover a inserção na rede de Saúde, oferecer assistência social e intersetorial destas pessoas em fase adulta, idosa, crianças e adolescentes.

Além da assistência médica e psicológica, o programa também tem um papel fundamental na reintegração da pessoa em situação de vulnerabilidade à sociedade, ao criar pontes e possibilidades de inserção no mercado de trabalho. Todos os agentes que atuam nas equipes já estiveram em situação de rua ou passaram por abrigos. Muitos deles começam como agentes e vão em busca de qualificação profissional, tornando-se assistentes sociais, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e médicos.

Durante a pandemia de Covid-19, de abril a agosto, as equipes do programa realizaram, em parceria com o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto (BomPar), 16.650 consultas médicas. Também foram feitos 24.487 atendimentos pela enfermagem e 17.048 acompanhamentos específicos de pacientes por psicólogos e assistentes sociais.

Outra ação do Consultório na Rua é a vacinação. Entre março e agosto, 10.029 pessoas receberam vacina doses contra gripe, H1N1, pneumonia (pneumo 23) e tríplice viral, que protege de sarampo, caxumba e rubéola.

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