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Sexta-feira, 26 de Julho de 2019 | Horário: 17:32

De São Paulo a Las Vegas: Professor do Circo Escola Grajaú integra o Cirque de Soleil

Marcos Porto dedica-se às atividades circenses desde os 14 anos de idade. Vocação foi despertada após frequentar equipamento da Prefeitura.

O trapezista Marcos Porto, 39 anos, descobriu o circo por meio do contato com um primo, que havia sido convivente do Circo Escola Grajaú, serviço conveniado à Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), e se tornou um artista circense internacional. Porto tinha 14 anos quando também se iniciou na acrobacia de solo e cama elástica e nunca mais deixou o ofício.

“Me apaixonei pelo circo e nunca quis abandoná-lo. Eu tive momentos na minha vida em que eu conciliei trabalho com estudos, mas nunca pensei em deixar o circo”, comenta.  Esse trajeto de dificuldades rendeu frutos como o mais recente, já que Porto foi convidado a integrar a equipe do Cirque de Soleil, que possui mais de 1300 artistas espalhados pelo mundo.

Nascido no Grajaú, zona sul de São Paulo, o trapezista sempre morou no bairro com a família, mas, graças ao contrato de um ano e meio assinado por ele para se apresentar com o circo em Las Vegas, Estados Unidos, partiu nesta terça-feira (23) para essa nova empreitada em solo americano, pela primeira vez.

Porto passou para as turmas de conviventes que ajudou a formar a vontade de seguir em frente e encarar novos desafios. Não somente as técnicas, mas a paixão pelo circo pautou o trabalho do professor ao longo da carreira, incentivando alunos a dedicarem-se ao aprendizado. “Eu tenho como grande exemplo o Carlinhos. Ele foi meu aluno há muito tempo, quando tinha 14 anos e, hoje em dia, ver que ele quer seguir meus passos e aprender o máximo que puder sempre, é um orgulho muito grande para mim”, explica.

Porto se lembra de outros alunos que superaram, como ele, as adversidades sociais e tornaram-se artistas destacados, comprovando o quanto a arte pode ajudar as pessoas a superar barreiras e construir pontes para o futuro. Como professor, ele atua no incentivo e na sensibilidade para enxergar potenciais em seus alunos, muitas vezes adormecidos pelas dificuldades de acesso à cultura e formação social.

Para o professor, o Circo Escola tornou-se uma ferramenta importante na educação de jovens da zona sul de São Paulo. A posição que conquistou no serviço lhe permitiu crescer como profissional e auxiliar outras pessoas na busca por autonomia. “Eu não me despedi do Circo Escola Grajaú. Foi só um ‘até logo’. Espero voltar várias vezes para trazer experiências novas e mostrar para essa criançada que existe muito mais do que eles veem. Assim como eu vi que havia, eu lutei, sonhei, acreditei, tive muita fé em Deus e consegui”, conclui.

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