Notícia na íntegra

Quinta-feira, 25 de Maio de 2017 | Horário: 20:43

Atuação na Luz tem 4 mil atendimentos, 600 profissionais e 84 internações

A operação policial que desmanchou no último domingo (21 de maio) a feira livre de drogas que existia na região da Luz permitiu que 84 dependentes químicos fossem internados voluntariamente. A avaliação dos técnicos de saúde e assistência social que atuam no local é de que o combate ao tráfico permitiu a abordagem aos viciados – antes proibida pelos mais de 30 traficantes que atuavam no quarteirão formado pelas ruas Helvétia e Dino Bueno.

Segundo dados divulgados na manhã desta quinta-feira (25 de maio) em uma reunião de avaliação do Projeto Redenção, de domingo até agora, mais de 4 mil abordagens foram feitas, com uma média de 500 acolhimentos diários a dependentes e pessoal em situação de rua.

A reunião desta quinta teve a presença do prefeito João Doria, do Ministério Público e da Defensoria Pública e do ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terrra, que anunciou por videoconferência a liberação de recursos que serão usados para acolher pessoas em situação de rua e dependentes químicos.

Desde domingo 600 profissionais de saúde e assistência social percorrem as ruas do Centro em busca de dependentes químicos – eles são apoiados por um mapeamento feito com apoio da Guarda Civil Metropolitana, que informa os pontos de concentração e a rota dos viciados para que os agentes cheguem aos grupos com maior eficiência.

Atuando na região da Luz desde 2011, a técnica da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) Cristina Viscome ressalta a importância do trabalho integrado entre a prefeitura e o estado. “Nas últimas semanas as abordagens estavam sendo dificultadas no fluxo. Com a dispersão, os usuários não estão mais reticentes e a aceitação aumentou com o trabalho integrado de Assistência Social e de Saúde, facilitando o atendimento caso a caso, e cumprindo o nosso papel que é garantir direitos”.

O trabalho dos técnicos já rendeu – para além das 84 internações voluntárias (60 delas na rede estadual e 24 na Casa de Saúde João de Deus, que dispõe de leitos municipais) – 681 atendimentos na Tenda do Projeto Recomeço e no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod).

Este trabalho pode ser ampliado. Há, na rede estadual, cerca de 3,4 mil vagas para tratamento dos dependentes químicos, entre leitos e comunidades terapêuticas. Na rede municipal, são 276 vagas de atendimento psiquiátrico.

Integração

A reunião desta quinta teve o objetivo de reforçar a integração diária entre os atores envolvidos no Redenção – MP, Defensoria, entidades sociais e secretariais municipais e estaduais.

Nas conversas, foram recapituladas as fases de execução do Redenção desde domingo. Para além do atendimento aos dependentes, o programa visa requalificar a área da cracolândia em termos urbanísticos.

Para tanto, ainda no domingo, 70 toneladas de lixo foram retiradas da região, que passou por um amplo processo de melhoria da drenagem do local, com limpeza dos bueiros e bocas de lobo.

As ações também resultaram no mapeamento dos imóveis ocupados pelo tráfico – parte dos 696 imóveis do quadrilátero formado pelas alamedas Glete, Barão de Piracicaba, Cleveland e rua Helvétia.

Na última terça-feira (23), 70 técnicos da Secretaria Municipal de Habitação foram treinados para facilitar a identificação do perfil e conhecer a melhor forma de abordar as pessoas que vivem neste local.

Parte destes imóveis será demolida para que, na região, sejam construídos estabelecimentos educacionais e 440 unidades habitacionais pelo Governo do Estado na Parceria Público Privada da Habitação – para viabilizar as obras, a Prefeitura doou terrenos que somam 6.285 m².

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