Notícia na íntegra

Terça-feira, 11 de Junho de 2019 | Horário: 11:23

Ações darão vida nova ao velho centro

Várias iniciativas trarão de volta os bons tempos da região beneficiando o turismo, o comércio, o lazer e repovoando suas ruas e avenidas

A Prefeitura de São Paulo está desenvolvendo um conjunto de iniciativas para requalificação da região central da cidade, o que inclui a implantação dos parques Augusta e Minhocão, a requalificação do Vale do Anhangabaú, o Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Setor Central, a área dos calçadões do triângulo histórico, a revitalização do Largo do Arouche e Praça Roosevelt, além da concessão da cobertura do Martinelli à iniciativa privada, com programa de curadoria, loja e restaurante.

O objetivo é trazer de volta os bons tempos da região beneficiando o turismo, o comércio, o lazer e repovoando suas ruas e avenidas.

Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Setor Central

O Projeto prevê o atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social, a requalificação de 93,8 km do sistema viário existente e a criação de 113,4 km de Caminhos Verdes. Objetivo é incentivar a habitação e atrair até 220 mil novos moradores para a região. Atualmente, o projeto está em sua segunda consulta pública online até o dia 8 de julho. Após esse período, as sugestões serão avaliadas e incorporadas à versão final do projeto quando oportunas.

O PIU Setor Central está inserido em um perímetro de 2.090 hectares, abrangendo os distritos de Santa Cecília, Bom Retiro, República, Sé, Liberdade, Pari, Brás, Belém e Mooca. Dentre as medidas incluídas no projeto, está a revisão da Operação Urbana Centro, estabelecida pelo Plano Diretor Estratégico (PDE) em 2014.

As intervenções propostas consideram, principalmente, a necessidade de integração e qualificação do território, buscando dar suporte ao pretendido adensamento populacional e construtivo, à diversificação de atividades e ao fortalecimento da economia. Elas estão agrupadas em três diferentes eixos, porém, interligados: Qualificação do Habitat, Mobilidade e Ambiental.

Parque Minhocão

A Prefeitura de São Paulo via implantar o primeiro trecho de 900 metros do Parque Minhocão, no Elevado Presidente João Goulart, definido em razão de sua favorável conexão com outros espaços públicos de lazer – Praça Roosevelt, Parque Augusta, Largo do Arouche e Praça Marechal Deodoro. A ação será dividida em três etapas, com implantação de obras de acessibilidade, segurança e parque linear. Com um custo estimado de R$ 38 milhões, a previsão de entrega é dezembro de 2020.

Audiência pública para discutir o Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Parque Minhocão acontece em 11 de junho. Desde o dia 17 de maio está disponível no portal Gestão Urbana uma consulta pública online para colher contribuições da sociedade civil.

O Grupo de Trabalho Intersecretarial composto pelas secretarias de Governo, Desenvolvimento Urbano, Transportes, Verde, Obras e Subprefeituras, com o objetivo de adotar medidas prévias necessárias à implantação gradativa do Parque Minhocão recomendou diversas ações, com prioridade para o início imediato das discussões públicas do PIU Minhocão, implantação de obras de segurança, acessibilidade e conforto -  recomendadas pelo Ministério Público -  e aprofundamento dos estudos de impacto de mobilidade urbana e de proposição de medidas de mitigação do trânsito e incomodidade ambiental.

Triângulo SP

Seguindo o exemplo de grandes cidades turísticas ao redor do mundo, a Prefeitura de São Paulo conta com o projeto Triângulo SP, que tem como objetivo reativar o Centro Histórico de São Paulo. O projeto, que faz parte do Programa de Metas, contempla cerca de 60 ações diferenciadas para melhoria dos serviços públicos ofertados na região, instalação de infraestrutura e estratégias de ocupação urbana, turística e cultural.

As primeiras obras de infraestrutura, como o projeto piloto para a reforma dos calçadões e a remodelação da iluminação estão previstas para agosto, quando também começará a ser instalada a sinalização turística para orientar os frequentadores sobre as atrações da região. Uma amostra do novo modelo já pode ser vista na Rua Dr. Miguel Couto.

O chamado triângulo histórico é formado pelas ruas Benjamin Constant, Boa Vista e Líbero Badaró. A iniciativa foi viabilizada por meio da Secretaria Municipal de Turismo para qualificar o espaço, configurando-o como um produto turístico internacional, aumentando a circulação de pessoas e a demanda por comércio e serviços, principalmente à noite e durante os fins de semana, incrementando as rotas e atrativos turísticos, em um ambiente convidativo e seguro para a população.

Largo do Arouche

A Prefeitura de São Paulo iniciou em 24 de maio a primeira etapa das intervenções para revitalização do Largo do Arouche, rota turística na região central da capital. A ação é realizada por meio de uma parceria com a Associação Viva o Centro, que recebeu as doações dos patrocinadores e irá administrar todas as etapas do projeto com a supervisão da Subprefeitura Sé e da SP Obras. A iniciativa conta com o apoio da Câmara de Comércio França-Brasil, que fez a captação de recursos junto a empresários.

O custo total da obra, em todas as suas etapas, é de R$ 3,8 milhões e já foram arrecadados R$ 2,3 milhões. Para a segunda, ficam faltando R$ 1,5 milhão que estão sendo captados junto à iniciativa privada para poder formar o mercado de flores.

O projeto foi desenvolvido pela empresa Egis e prevê a pavimentação e nivelamento do passeio do Largo e instalação de novo mobiliário urbano (bancos, papeleiras, paraciclos, bebedouros, balizadores e guarda-corpos). A proposta é a criação de um grande boulevard de uso público, onde o espaço fica destinado preferencialmente para os pedestres, com uso restrito aos automóveis e veículos de serviço.

Parque Augusta

Localizado na região central da capital e totalmente acessível, o Parque Augusta tem aproximadamente 24.000 m² com vegetação significativa e valores históricos. A sua implantação prevê espaços como redário, caminhos e passeios, playground inclusivo, cachorródromo, equipamentos de ginástica, sede administrativa, banheiros e outros.  O projeto foi pensado de acordo com os parâmetros definidos no Plano Diretor, que determina uma Taxa de Permeabilidade mínima de 90%, ou seja, somente 10% da área do parque pode ser impermeabilizada.

Também foram pensadas diretrizes para garantir a acessibilidade e a preservação do patrimônio tombado na área, que inclui toda a vegetação do bosque, a edificação remanescente do antigo Colégio Des Oiseaux, além do portal localizado na Rua Caio Prado.

Em 6 de abril, a Prefeitura de São Paulo assinou a escritura de recebimento por doação do terreno do Parque Augusta.

Vale do Anhangabaú

Considerado uma das principais referências históricas da região central e da cidade de São Paulo, o Vale do Anhangabaú receberá obras de requalificação da Prefeitura, a partir de junho. O local receberá cafés, floriculturas, sanitários, ludoteca, entre outras atividades que farão parte da vida cotidiana do Vale. A ação faz parte de um amplo processo de requalificação do centro, cujo objetivo é incentivar a sua ocupação e o seu uso, transformando os espaços públicos em lugares atrativos na vida cotidiana. 

O projeto do Vale qualifica as conexões com os meios de transporte público – metrô, ônibus; com os espaços culturais da cidade, museus, cinemas e teatros; além dos edifícios de escritório ao seu redor.

Uma série de ações está prevista para o local. A proposta de mobilidade para o Vale do Anhangabaú valoriza a circulação dos pedestres, recuperando integralmente o eixo da Avenida São João ao dotá-lo com o pavimento adequado aos critérios de acessibilidade e de sinalização.

O piso formará uma superfície uniforme como uma plataforma para atividades e eventos, com acessibilidade universal que oferece o máximo de flexibilidade para o uso e com materiais de qualidade.

As funções e características das ruas Formosa e Anhangabaú serão reativadas, a partir da implantação de quiosques, bancas de jornal, ludoteca, abrigadas dentro de um novo mobiliário urbano. Com referência ao antigo rio que deu nome ao Vale do Anhangabaú, a água será reintroduzida como elemento de destaque. Serão 850 pontos de jatos d’água, com reaproveitamento de 90% do total e captação de 10% através de poço artesiano.

O projeto também valoriza as áreas ajardinadas e as árvores da área de intervenção. Para isso, busca-se criar marquises verdes ao longo das ruas Anhangabaú e Formosa e da Avenida São João, formar ambientes sombreados, garantindo um bom microclima, escolher espécies com copas altas, permitindo visão desobstruídas através do Vale, e afastar as árvores da região dos túneis para que seu crescimento seja saudável. Em sua forma final, o Anhangabaú contará com 480 árvores – 355 serão mantidas e 125 novas espécies nativas serão plantadas.

A iluminação pública será automatizada com um sistema LED de alta eficiência energética, levando ao aumento da qualidade da iluminação, proporcionando economia de energia e aumentando a segurança da região. Serão 28 pontos de iluminação na esplanada, 105 pontos de iluminação sob as árvores, 900 metros lineares de iluminação sob os bancos e 217 pontos de iluminação na escala do pedestre.

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